sábado, 30 de abril de 2011

Carta Aberta ao Coletivo ENECOS Piauí e à Regional NE3

Compas do coletivo ENECOS Piauí quando entrei na Universidade me encontrei com vocês. Fui a um tal de ERECOM meio que sem saber o por quê? E sem na verdade saber o que era aquilo... Aah vai ter festa, tô dentro! (pensei) Mas chegando em Belém me dei conta de que havia um algo a mais, não eram as festas que me encantavam, não era a cidade, que apesar de bela nem tive tempo de conhecer direito, era algo que naquele momento não sabia bem o que era, mas que a partir dali mudaria a minha vida.

Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social - ENECOS - foi com essa menina de 20 anos que reconheci quem eu realmente era. Foi essa ENECOS que me trouxe as principais reflexões sobre quem somos? De onde viemos? Em que sociedade vivemos? Estes e diversos outros questionamentos, que deveriam ser instigados pela Universidade e, na verdade, são omitidos e mascarados por esta, a ENECOS me trouxe.

Numa sociedade em que laços de solidariedade estão cada vez mais raros, se não mortos, uma sociedade construída por valores fincados em anseios estritamente pessoais, sempre tendo o outro como um adversário com o qual terá de “lutar”, e vencer, para que possa atingir sua salvação pessoal. E que não aprendemos a enxergar o outro como uma promessa, uma promessa que poderá apresentar-lhe coisas positivas e valorosas para a construção e vivencia social. Construindo a ENECOS foi que descobri uma outra possibilidade, nela tive uma verdadeira contra-escola. Aprendi a reinventar a vida, a imaginar o futuro, a acreditar que esse mundo pode ser outro.

E o Coletivo ENECOS Piauí, para mim, é a materialização desta Executiva. Nele posso perceber o verdadeiro sentimento de pertencer a esta Executiva, em cada abraço, em cada sorriso, em cada piada rídicula... Em cada LUTA! Sou muito grato a todo o coletivo por tudo. Assim, ao entrar em quaquer outra organização política, de qualquer ordem, vejo a necessidade de dialogar com os responsaveis por eu estar na luta.

Dessa maneira, nos ultimos meses, tenho refletido muito sobre uma necessidade que eu sinto de me organizar em um coletivo nacional de luta, para além da Executiva e da organização de área. Durante esta campanha pelo DCE-UFPI em diversos momentos senti falta dessa organização, as vezes sentia que poderia me colocar de outra forma se tivesse esta base, o que fazia eu repensar mais ainda sobre as possibilidades de organização nacional. Entendo que quando você se organiza e mobiliza dentro de um ambito maior de luta, sua compreensão sobre a realidade no qual está inserido e a totalidade é bem mais clara. Convivemos, constantemente, com situações que nos mostram que, a luta isolada não traz frutos, apenas com a força adquirida na luta conjunta podemos combater as opressões que assolam as relações sociais.

Diante disso, há algum tempo converso com todos do coletivo sobre uma possivel entrada minha no Campo Barricadas Abrem Caminhos. Expondo todas as coisas que me aproximam do Barricadas e que me distanciam de outros campos de organização, ouvi diversas opiniões, respeitei e refleti sobre todas. Assim, tomei a decisão de construi-lo de forma consciente e com toda a certeza de que me encontro "Construindo Barricadas, Abrindo Caminhos".

ABRAços LUTA!!

Por Dérek Sthéfano - Estudante de Comunicação Social da UFPI, coordenador Regional ENECOS NE3 - Gestão "Aos Que Virão"

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